A Anpei fez uma análise positiva do programa Inova Empresa, lançado hoje (14 de março) pela presidente Dilma Rousseff, durante reunião da Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), no Palácio do Planalto, em Brasília. O programa prevê investimentos de R$ 32,5 bilhões para 2013 e 2014 em projetos de inovação do setor privado, além da integração de diversos instrumentos de apoio às atividades inovativas das empresas e juros mais baixos do que os cobrados nas linhas regulares dos bancos e agências de fomento estatais para o financiamento reembolsável. Também seleciona sete áreas estratégicas.
“O programa atua sobre uma série de questões que o setor privado vinha discutindo e também sugerindo ao governo, como a integração de recursos e das ações de governo, a ênfase nos investimentos e as ações de médio e longo prazo”, destaca Guilherme Marco de Lima, vice-presidente da Anpei, que participou da reunião de apresentação do Inova Empresa, em Brasília.
Em uma primeira análise sobre o programa, Lima ressalta a sintonia que o Inova Empresa pretende promover entre os órgãos de governo. “O que antes era feito de forma pontual e não sincronizada, agora passa a ter uma sintonia muito grande dentro do governo como um todo. Antes, os recursos eram trabalhados em ações específicas e não necessariamente alinhadas”, lembra. “O programa traz uma integração maior, e a inovação passa a ser uma ação transversal do governo, o que é um ponto de virada”, acrescenta.
O executivo da Anpei ressalva que o Inova Empresa não é uma ruptura com o que vinha sendo feito pela gestão da presidente Dilma Rousseff. “Por exemplo, as linhas reembolsáveis oferecem juros de 2,5% a 5% ao ano, mas o governo já vinha trabalhando junto à Finep para aumentar a alocação de recursos para as linhas reembolsáveis, de forma a terem juros mais atrativos”, aponta.
Outra continuidade está na definição das sete áreas estratégicas: agropecuária; energias; petróleo e gás; complexo da saúde; complexo aeroespacial e defesa; tecnologia da informação e comunicação; sustentabilidade sócio ambiental. “De qualquer forma, esperamos que venham mais recursos também para as ações transversais, que possamos ter mais recursos para o PSI, para a subvenção e outras ações”, afirma.
“No geral, ficou muito claro que o Inova Empresa não é uma ruptura com o modelo que vinha sendo adotado pelo governo nessa gestão, mas sim uma aceleração bastante forte do processo como um todo”, diz. “Estamos no caminho certo, só precisamos acelerar, olhar a inovação de forma transversal, pois isso vai dar velocidade à nossa capacidade de inovar”, continua.
Lima também considerou correta a iniciativa de integração dos instrumentos e descentralização dos recursos para as pequenas e micro empresas para o nível estadual. Para ele, as empresas vão responder positivamente ao pacote. “Os instrumentos de fomento à inovação são cada vez mais importantes para diminuir o risco de inovar para as empresas. E agora tem uma sintonia dentro do governo: o que antes era pulverizado e específico passou a ter mais integração”, analisa.
“Pelas apresentações dos ministros e da presidente Dilma, notamos que o Inova Empresa é mais que uma aglutinação simples de programas” ressalta. “O governo mostrou que inovação é um pilar efetivo de sua política e, mais do que isso, agora é uma ação transversal. Temos o olhar da inovação permeando os diversos ministérios e com o mesmo norte”, finaliza.
Fonte: Anpei