O Itaú e a Engie renovaram, pelo segundo ano consecutivo, a parceria para a compensação da emissão de gases de efeito estufa (GEE). Desta vez, isso se deu através da compra de créditos de carbono da Unidade Cogeração de Lages (UCLA), usina a biomassa da Engie, em Santa Catarina. A prática já é adotada pelo banco desde 2015 como parte de sua política de Carbono Neutro. O banco irá compensar suas emissões de forma totalmente voluntária, 35.354 toneladas de CO2 relacionadas às emissões de GEE reportadas em 2018.
Para efeito de comparação, o montante é equivalente à emissão média anual de cerca de 3,8 mil brasileiros, de acordo com dados do Banco Mundial, considerando as emissões de CO2 per capita no Brasil em 2018. O Certificado de Cancelamento Voluntário é internacional, publicamente disponível e foi emitido pela Órgão das Nações Unidas responsável por mudanças climáticas (UNFCCC), em 10 de janeiro de 2020. Líderes em seus respectivos setores de atuação, Itaú e Engie têm ações convergentes em direção à sustentabilidade e à transição para uma economia de baixo carbono.
O Projeto de Redução de Emissões de Metano Lages foi selecionado pelo Edital Compromisso com o Clima – Ciclo 2019. Trata-se de uma iniciativa de Itaú e Natura, com o apoio do Instituto Ekos Brasil, voltada para organizações interessadas em potencializar suas estratégias de compensação de emissões de GEE e apoiar projetos socioambientais que fomentem a mitigação dos efeitos das mudanças climáticas.
Com 28 MW de capacidade instalada, a UCLA gera energia elétrica e térmica renovável utilizando como combustível resíduos da madeira produzidos na região. Assim, evita emissões de metano (um gás de efeito estufa com potencial de aquecimento global 21 vezes maior que o do CO2) que seriam provocadas pela decomposição da madeira. As cinzas geradas pela usina são reaproveitadas para adubação do solo em atividades florestais e agrícolas.
Entre as contribuições socioambientais do empreendimento, incluem-se a recuperação de nascentes de rios de Lages, oficinas de empregabilidade, horta comunitária, doação de mudas nativas e projetos de botânica com estudantes da região. Uma importante frente de atuação é o apoio a jovens em situação de vulnerabilidade. Destaca-se o projeto Leoas da Serra, que beneficia mais de 400 meninas e adolescentes com ações voltadas ao esporte, inclusão social e empoderamento feminino. O time de futebol de salão do projeto foi campeão mundial do esporte em 2019.
“Esses diferenciais de sustentabilidade e melhoria da qualidade de vida da população, bem como as contribuições do Projeto Lages para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas, foram determinantes para o fechamento do contrato com o Itaú”, afirma o diretor de Comercialização de Energia da Engie Brasil, Gabriel Mann dos Santos.