O BNDES aprovou a primeira operação de apoio a projeto-piloto de IoT aplicada ao ambiente urbano: a realização de experimentos de soluções de IoT em segurança e iluminação pública em Campinas. A expectativa é que as tecnologias testadas gerem impactos positivos – como aumento da segurança, redução de gastos com energia e ampliação na oferta de serviços prestados – e possam ser adotadas por outras cidades com características semelhantes. Selecionada na chamada lançada em 2018, a iniciativa será conduzida pela Fundação CPqD – Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações e realizada em parceria com a Prefeitura de Campinas.
Com investimento total de R$ 9,89 milhões – sendo R$ 2,98 milhões aportados pelo BNDES em recursos não-reembolsáveis – o projeto contempla os testes de uso e iniciativas de divulgação e fomento à cadeia de soluções de IoT, como a criação de um centro de demonstrações, publicação de resultados e realização de encontros entre startups e potenciais interessados nos serviços.
Um dos pilotos consistirá na adaptação do sistema de videomonitoramento da cidade, através da instalação de 22 novas câmeras e implantação de sistema de visão computacional. O equipamento poderá identificar automaticamente situações anômalas que indiquem possíveis ameaças à segurança pública. A expectativa é de aumento de produtividade dos operadores da Central Integrada de Monitoramento de Campinas e ampliação do controle sem necessidade de contratação de novos agentes.
O segundo projeto a ser testado envolve o videomonitoramento de placas de veículos incorporando tecnologia de processamento computacional em 103 pontos. Enquanto o sistema atual demanda a instalação de cabos de fibra ótica para transmissão das fotos das placas – que são “lidas” remotamente -, o novo modelo utiliza câmeras inteligentes que convertem a imagem em caracteres e os transmitem para a nuvem por meio de rede celular. Nele, apenas as informações relativas a veículos identificados como de especial interesse – como carros roubados ou registrados em nome de investigados – são enviadas. Com isso, espera-se ampliar a capacidade de monitoramento de veículos furtados ou utilizados em ações criminais e reduzir os custos de instalação e manutenção.
Outra iniciativa ligada à segurança pública é a instalação de 100 estações que medirão em tempo real velocidade e direção do vento, temperatura e umidade do ambiente e volume de chuva. Cada uma cobrirá uma área de 5 km2 e estarão conectadas por meio de uma rede de baixo custo de tráfego de dados e com ampla área de cobertura. Com a utilização em escala dessas estações dotadas de pequenos sensores climáticos, os alertas poderão ter como base medições mais precisas, ampliando a confiabilidade do sistema de defesa civil municipal.