A companhia Styron não vai mais vender os grades commodities de resina de policarbonato na América do Norte.
Com sede em Berwyn, na Pensilvânia, nos Estados Unidos, a Styron terminará seu contrato de fornecimento de policarbonato com a Dow Chemical Company no último trimestre deste ano. A Dow produzia policarbonato para Styron na fábrica em Freeport, no Texas, nos EUA, com base em um contrato desde que a Styron foi desmembrada da Dow e adquirida pela Bain Capital, empresa de private equity, em 2011.
Catherine Maxey, porta-voz da Styron, declarou que os grades commodities de policarbonato – incluindo aqueles usados em chapas, extrusão e mídias ópticas – tendem a ser de menor margem, de modo que a Styron não atenderá mais a esses mercados.
Styron continuará a comercializar compostos e blendas de maior margem produzidos de maneira terceirizada pela PolyOne Corporation. Estes materiais são vendidos para dispositivos médicos, iluminação, aplicações automotivas e similares. O policarbonato utilizado nessas blendas será proveniente tanto de um fornecedor terceiro quanto da planta de policarbonato da Styron em Stade, na Alemanha, segundo Chaterine. Ela afirmou que os clientes não verão nenhuma mudança nos compostos e misturas, e que nenhum emprego na Styron será afetado.
Ainda de acordo com Maxey, a Dow interromperá a produção de policarbonato em Freeport, onde Styron tinha sido seu único cliente, fechando e desmantelando essa unidade. Em uma apresentação recente na Securities and Exchange Commission, funcionários da Styron disseram que a empresa teria economizado 35 milhões de dólares em 2013 ao terminar o seu contrato com a Dow e alterar alguns contratos de matérias-primas em sua fábrica de Stade (Alemanha).
A saída de Styron do mercado de commodities de policarbonato vai deixar a SABIC Innovative Plastics e Bayer MaterialScience (BMS) como únicos produtores da América do Norte desse material. A Bayer estaria buscando um comprador para essa unidade nos EUA, de acordo com relatos da mídia.
Styron apresentou resultados mistos no primeiro trimestre de 2014: as vendas caíram 2% para 1,36 bilhão de dólar, mas a empresa registrou um lucro de 17,1 milhões de dólares após perder 9,7 milhões de dólares no mesmo trimestre do ano passado. Além de polímeros de engenharia, os produtos da Styron incluem resinas de estireno, borracha sintética e látex. Os ativos da empresa incluem uma participação de 50% na Americas Styrenics, uma joint venture que opera com a Chevron Phillips Chemical Company.
Também no início deste ano, a Styron entrou com pedido de uma oferta pública inicial (IPO) em uma data não especificada, esperando levantar até 200 milhões de dólares por meio dessa IPO. A empresa tinha apresentado um IPO em junho de 2011, mas retirou em junho de 2013. Após a IPO, Styron planeja operar como Trinseo SA.
Styron atualmente emprega 2.100 pessoas em todo o mundo e registrou vendas de mais de 5,3 bilhões de dólares em 2013.
Fonte: MaxiQuim