Como parte do Plano de Desinvestimentos 2015-2016 da Petrobras, com previsão de vendas de ativos de mais de US$14 bilhões até o final de 2016, a Petrobras anunciou esta semana diversas movimentações econômicas.
Em reunião realizada nesta quinta, 28/07, o Conselho de administração aprovou a venda da participação do bloco exploratório BM S-8, localizado na Bacia de Santos, para a Statoil Brasil Óleo e Gás Ltda, por um preço base negociado de US$ 2,5 bilhões, onde a primeira parcela de 50% do valor total pago no fechamento da operação e o restante pago em parcelas subsequentes. A participação da Petrobras no bloco é de 66%.
A Diretoria Executiva também aprovou as negociações para a alienação da participação da Petrobras na Companhia Petroquímica de Pernambuco (Petroquímica Suape) e na Companhia Integrada Têxtil de Pernambuco (Citepe) para a empresa Alpek, empresa mexicana, de capital aberto, que atua no setor petroquímico. As negociações devem ocorrer em 60 dias, prorrogáveis por mais 30 dias, em caráter de exclusividade.
Na sexta passada, 22/07, a Petrobras anunciou em seu site a que assinou o contrato de compra e venda de 100% da Petrobras Chile Distribuición Ltda (PCD) com a com a Southern Cross Group, por um valor estimado de US$464 milhões, que serão pagos em 3 parcelas, a primeira de US$88 milhões no encerramento da transação (closing); a segunda de US$367 milhões no fechamento do negócio e a última, de US$9 milhões, até 65 dias úteis após o closing. Após análise de três propostas que não atenderam os objetivos da empresa, a Petrobras aprovou, também na sexta passada, a alteração do modelo de venda de participação na subsidiária Petrobras Distribuidora (BR), onde a Petrobras busca o controle compartilhado da distribuidora em uma estrutura societária, envolvendo ações ordinárias e preferenciais, de forma que a Petrobras seja majoritária no capital total, mas com participação de 49% no capital votante.
Na quarta, 27/07, a Petrobras anunciou que concluiu a operação de venda de sua participação de 67,19% na Petrobras Argentina (PESA), para a Pampa Energía, com o pagamento de US$897 milhões. A operação seguiu as condições previstas no contrato e também abrange pagamentos contingentes, relacionados a eventos futuros, como renovações de concessões.
As transações estão sujeitas à negociação e cumprimento de condições estabelecidas nos contratos, à deliberação pelos órgãos competentes, assim como à aprovação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica – CADE.
A Petrobras afirmou que o resultado do 2T/2016 será divulgado no dia 11 de agosto, após o fechamento do mercado. No 1T/2016 a Petrobras apresentou prejuízo de R$ 1,2 bilhão e atribuiu o resultado ao aumento das despesas de juros e variações monetárias e cambiais negativas, redução de 7% da produção de petróleo e gás natural, queda de 8% na venda de derivados no mercado doméstico, aumento dos custos com depreciação e dos gastos com ociosidade de equipamentos.
Fonte: MaxiQuim