A China, um dos maiores consumidores mundiais de combustível para transporte, sofreu um declínio acentuado na demanda doméstica de combustível, forçando algumas refinarias estatais a fazer cortes profundos na produção. No entanto, a China parece ter passado pelo ponto mais baixo do impacto causado pelo Covid-19, e vem demonstrando sinais de atividade comercial retornando lentamente à normalidade, segundo a GlobalData.
A China Petrochemical Corp (Sinopec), a maior refinaria do mundo em capacidade, propôs cortes de produção em resposta à queda na demanda de combustível. Ainda assim, está se esforçando para aumentar sua capacidade, já que o governo chinês busca uma recuperação no crescimento econômico, revogando restrições de viagens e outras medidas.
A China National Petroleum Corp, segundo maior refinador daquele país, também adotou a rota defensiva de operar com capacidade reduzida para minimizar o impacto do Covid-19, mas deve aumentará sua produção em abril de 2020, à medida que as empresas retomarem as operações, o que pode levar a uma melhora gradual da demanda de combustível na China.
Enquanto em fevereiro de 2020, as operações nos principais portos de Xangai e Shenzen foram prejudicadas pela pandemia e forçou importadores de petróleo como a PetroChina e a CNOOC a recusar entregas de petróleo do Brasil e da África Ocidental, a postura hoje seria diferente – segundo a GlobalData, as empresas de refino da China provavelmente não recusarão mais entregas, ainda que possa ser uma tarefa difícil para as refinarias do país recuperar o terreno perdido, dada a escala do impacto.