O Plano de Negócios e Gestão para 2017/2021 da Petrobras, divulgado nesta terça-feira 20/09, inclui a saída da empresa de atividades de produção de biocombustíveis, gás liquefeito de petróleo (GLP), fertilizantes e da petroquímica.
Assim, a Petrobras planeja focar na produção de petróleo, sua atividade principal, e na exploração de águas profundas. Os investimentos previstos para os próximos 5 anos somam 74,1 bilhões de dólares, onde cerca de 82% deste total serão destinados à exploração de petróleo e produção. A quantia é 25% menor do que o previsto no plano para 2015/2019, divulgada em janeiro.
A meta de desinvestimentos atinge 19,5 bilhões de dólares para o biênio de 2017/2018, 29% maior do que o projetado em vendas de ativos no biênio de 2015/2016, dos quais apenas um terço já foi efetivado.
Os desinvestimentos devem abranger a BR Distribuidora e a participação da Petrobras na Braskem. No setor de biocombustíveis, onde a Petrobras tem capacidade de produção total estimada de 1,65 bilhão de litros de etanol/ano, a empresa possui participação em sete usinas de cana da Guarani Tereos, Açúcar & Energia Brasil, uma das maiores empresas do setor de cana do país, possui 49% da Usina Boa Vista em sociedade com o grupo São Martinho e uma fatia na Usina Bambuí, em parceria com a Bambuí Bioenergia.
A Petrobras possui ainda uma capacidade total de produção de 821 milhões de litros de biodiesel/ano, com três usinas próprias (MG, BA e CE) e parte da BSBIOS (PR e RS). A participação da Petrobras em parceria com a portuguesa Galp na Belém Bioenergia Brasil, empresa que deverá produzir óleo de palma no Pará para produção de diesel em Portugal, também deve fazer parte dos desinvestimentos.
Existem potenciais interessados nos ativos da Petrobras, como seus concorrentes do setor de biocombustíveis que poderão ampliar sua fatia de mercado. O setor de fertilizantes deve ser o mais desafiador para o plano da Petrobras.
Fonte: MaxiQuim