Depois de dois anos de pesquisas, a parceria entre o Departamento de Engenharia Mecânica do Centro Técnico Científico da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (CTC/PUC-Rio), o de Química da Universidade de São Paulo (USP) e o de Física da Norwegian University of Science and Technology (NTNU), a maior universidade da Noruega, teve sucesso no uso de nanopartículas de laponita® (um tipo de argila sintética) para estabilizar emulsões. O resultado deu origem a um artigo no Scientific Reports, periódico on-line de acesso aberto publicado pela Nature, uma das mais importantes revistas científicas da atualidade. O estudo internacional e interdisciplinar pode ser aplicado nas indústrias de cosméticos, alimentar e de petróleo. Emulsões são dispersões de óleo em água, muito utilizadas nas indústrias de cosméticos (cremes em geral), alimentos (sorvetes e maioneses, por exemplo) e de petróleo. O desafio é fazer com que as gotas se mantenham dispersas, impedindo que se aglutinem e formem uma gota enorme, e também que fiquem sempre do mesmo tamanho, sem se alterarem à medida que o tempo passa. De acordo com o Prof. Márcio Carvalho, do Departamento de Engenharia Mecânica do CTC/PUC-Rio, o ineditismo foi conseguir formar essa carcaça de laponita® em volta das gotas como uma maneira de controlar a estabilidade da emulsão. Segundo Carvalho, a laponita®, uma argila sintética, é uma nanopartícula muito barata e de fácil acesso, tornando o processo ainda mais econômico. A laponita® é uma marca registrada por Southern Clay Products, Inc. Mais informações: http://www.ctc.puc-rio.br
Fonte: FAPERJ