A Raízen, joint venture entre Shell e Cosan, possui um “grande potencial” de crescimento, mas o foco da companhia ainda é a redução de custos e melhoria de eficiência, disse nesta terça-feira o CEO da Cosan, Marcos Lutz.
Maior grupo sucroenergético do mundo, a Raízen tem como meta processar entre 60 milhões e 63 milhões de toneladas de cana na atual temporada 2018/19, embora a capacidade instalada da empresa supere os 70 milhões de toneladas.
“Na Raízen, temos um grande potencial de crescimento, mas estamos no caminho de reduzir custos e melhorar a eficiência”, afirmou Lutz durante teleconferência com analistas e investidores, destacando que tal cenário valerá para os próximos anos.
“Estamos indo nessa direção, mas ainda não chegamos lá”, afirmou ele, sem dar detalhes.
As declarações de Lutz ocorrem após um período atribulado para a Raízen.
Há um ano, a companhia informou que paralisaria duas de suas usinas, por dois anos, em razão da falta de cana para processamento. A suspensão atinge as unidades Dois Córregos, em Dois Córregos (SP), e Tamoio, em Araraquara (SP).
Em setembro último, um executivo da Raízen disse que a companhia estava segurando investimentos bilionários em razão de interferências do governo no mercado de diesel.
Apesar das adversidades, Lutz disse esperar que 2019 apresente um melhor ambiente de negócios.
Além disso, ele disse que, por ora, não faz parte da estratégia da Cosan investir em refino, embora a empresa permaneça atenta ao setor.