Brasil e Paraguai cancelaram (01/08) a ata do acordo entre os dois países voltado para a compra de energia elétrica produzida por Itaipu – o documento foi assinado pelo embaixador do Brasil no Paraguai, Carlos Simas Magalhães, e pelo embaixador paraguaio no Brasil, Federico González, em Assunção. Dessa forma, as áreas técnicas dos dois governos voltarão a negociar a contratação da energia de Itaipu.
O pedido de anulação da ata foi feito pelo governo paraguaio, após a divulgação das condições do documento, e após o cancelamento, o novo chanceler paraguaio, Antonio Rivas Palacios, explicou que, em princípio, a reunião estava prevista para ocorrer em Brasília, mas o governo brasileiro concordou em adiantar a anulação da ata.
A polêmica envolvendo a ata do acordo, de maio, também causou as demissões do presidente da Administração Nacional de Eletricidade (Ande), Alcides Jiménez, e do diretor paraguaio de Itaipu, Alberto Alderete – pesou nas demissões a acusação de que a ata do acordo havia sido debatida e aprovada sem a devida transparência já que o acordo negociado seria prejudicial ao Paraguai e que poderia causar um prejuízo de até US$ 300 milhões.