A Biosev, braço sucroenergético do grupo Louis Dreyfus, voltou a dar lucro líquido, reportando resultado de R$ 2,857 milhões no terceiro trimestre do ano-safra 2019/20, entre outubro e dezembro do ano passado – o resultado leva em conta os impactos da norma IFRS 16, sem a qual a companhia teria registrado lucro líquido de R$ 22,679 milhões.
No mesmo trimestre da safra anterior, a companhia havia registrado prejuízo líquido de R$ 230,552 milhões. Em nove meses de safra, a companhia acumula prejuízo líquido de R$ 470,372 milhões, queda de 47,30% sobre os R$ 892,581 milhões de prejuízo em igual período de 2018/19.
O prejuízo no acumulado da safra se deve, entre outros fatores, à variação cambial, já que cerca de 90% da dívida da companhia é em dólar. Já o lucro no trimestre é resultado, em parte, do avanço dos preços médios de açúcar e etanol.
A receita líquida da companhia (ex-HACC) caiu 12,7% na mesma base de comparação trimestral, para R$ 1,422 bilhão, e recuou 2,4% em nove meses, a R$ 4,926 bilhões. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado ex-revenda/HACC totalizou R$ 334,341 milhões no terceiro trimestre de 2019/2020, queda de 29,1% sobre igual período da safra passada, e subiu 9,4% na comparação dos três primeiros trimestres de 2018/2019 e 2019/2020, para R$ 1,373 bilhão.
A dívida líquida em 31 de dezembro do ano passado era de R$ 5,637 bilhões, 0,4% maior em comparação com a do segundo trimestre de 2019/2020, finalizado em 30 de setembro, de R$ 5,615 bilhões. A alavancagem medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda da Biosev caiu de 3,10 vezes para 3,05 vezes entre os segundo e terceiro trimestres da atual safra.
A Biosev investiu um total de R$ 347,384 milhões no trimestre, 10,1% a mais que em igual período da safra passada. Do total, R$ 188,469 milhões foram investidos nas operações. Nos nove meses da safra, o Capex atinge R$ 759,618 milhões, alta de 8,4% sobre igual período de 2018/19.
Augusto Decker