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A realidade do carro a etanol e o puro elétrico

“Se você torturar os dados por bastante tempo, eles vão confessar o que você quiser.” A frase do escritor Darrell Huff ajuda a entender o momento de preocupação que paira sobre o setor de etanol.

[dropcap]A[/dropcap] medida em que o carro elétrico ganha espaço na agenda mundial e começa a mostrar seu potencial também para o Brasil, a indústria de biocombustíveis olha atentamente para as informações sobre esta nova tecnologia.

Ultimamente, os dados têm ‘confessado’ informações e apoiado interpretações que são, no mínimo, curiosas.

As conclusões parciais começaram a aparecer quando o gráfico abaixo foi divulgado, na metade do ano passado. Ele foi elaborado a partir de uma ampla pesquisa realizada por Ricardo Abreu, vice-presidente mundial de P&D da Mahle, empresa vinculada à Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA). Trata-se da melhor compilação já feita sobre a eficiência e o impacto ambiental dos motores e dos combustíveis utilizados atualmente e as esperanças do futuro.

mahle original 25 01 18

As análises então confessaram: o veículo elétrico é ambientalmente pior que o carro a etanol. Mas há um detalhe importante, isso só é verdade na comparação entre o carro a etanol utilizado aqui no Brasil com o elétrico usado na Europa. O argumento é muito importante – mas para os consumidores europeus, não para o Brasil.

Se formos discutir as políticas públicas europeias, é importante pensarmos no etanol como uma solução ambiental. Os números mostram que os carros a etanol são mesmo melhores que a eletricidade quando ela é gerada a partir de fontes sujas, como é o caso da maior parte da Europa.

Agora, se o objetivo é pensar o que é melhor para a realidade brasileira, nada mais justo que comparar o etanol usado no Brasil com um carro elétrico rodando no território brasileiro.

mahle 01 emissao 24.01.18

Nesse caso, precisamos olhar para as potencialidades do país. Nada de adotarmos modelos internacionais, ignorando o que o Brasil tem de melhor. Temos o etanol mais eficiente do mundo e umas das matrizes elétricas mais limpas. Nos dois pontos fazemos inveja a qualquer país desenvolvido.

Aliando as duas fontes de energia no mesmo carro, temos o híbrido rodando com o etanol de cana e eletricidade brasileira, muito mais limpa que a europeia. E, mais importante, podemos dar a opção para o brasileiro utilizar apenas a eletricidade. Com isso, ele pode contribuir ainda mais com o meio-ambiente.

O carro puramente elétrico brasileiro traz ainda uma vantagem largamente superior: a eficiência energética. Entre o etanol e o elétrico, o trabalho da AEA mostra que o consumidor, se abastecer com etanol, pode gastar o dobro de dinheiro para percorrer a mesma distância (veja mais detalhes abaixo).

mahle 02 consumo 24.01.18

O gráfico da AEA deveria ganhar o mundo para mostrar à Europa como o etanol é uma solução melhor para eles do que o carro elétrico, mas, infelizmente, acabou sendo usado de forma distorcida para tentar frear o desenvolvimento do potencial brasileiro na área de energia automotiva.

O Brasil não pode se comparar com os atrasados países europeus em termos de energia limpa. A base de comparação deve ser interna. O Brasil que queremos para o futuro tem que ser melhor do que o Brasil de hoje.

O RenovaBio é um excelente programa para estimular o etanol, mas não podemos parar nele. A matriz elétrica limpa brasileira oferece um excelente potencial para um setor de transporte ainda mais limpo e barato – algo que poucos países no mundo possuem condições de acessar atualmente. O estímulo ao uso de eletricidade oferece uma opção complementar ao RenovaBio e ao transporte no Brasil. Não se trata de termos que optar por etanol ou eletricidade, mas de podermos ter os dois convivendo e disputando o mercado, seja no modelo flex, no puro elétrico ou no híbrido flex.

A importância da eficiência do carro

A preocupação mundial com o meio ambiente é enorme, mas o custo para abastecer o carro também é muito importante, tanto para o consumidor quanto para um governo preocupado com as ineficiências nacionais. Neste ponto, a eficiência energética das fontes de energia para os carros é a chave.

Um litro de etanol possui 20,09 Megajoule (MJ) de energia. Um litro de gasolina, 28,99 MJ. E, finalmente, 1 kW/h de energia elétrica possui 3,6 MJ. Considerando o preço que o consumidor pagou na semana passada em São Paulo (já com todos os encargos e impostos embutidos) para essas energias temos: 1 litro de etanol = R$ 2,83, 1 litro de gasolina = R$ 3,98 e 1 kw/h = 50 centavos. Assim, o custo por MegaJaoule ficou semelhante. Etanol: 14,08 cents/MJ, Gasolina: 13,72 cents/MJ e Energia elétrica: 13,8 cents/MJ.

Como o preço é igual, o que vai determinar o custo por quilômetro rodado vai ser a eficiência energética, ou, qual tecnologia é capaz de transformar a energia em força motriz com menos perdas no processo. Nesse caso, como a avaliação da AEA mostrou, o motor a combustão, seja com etanol ou gasolina, possui a mesma eficiência: para o carro percorrer 1 km, é preciso 1,68 MJ de energia. Já o elétrico consegue fazer o mesmo km com cerca da metade da energia: 0,86 MJ. Isso significa que, se o governo perceber o ganho ambiental e de eficiência e incentivar a introdução dessas novas tecnologias, a população pode abastecer o carro com metade do que gasta hoje para rodar a mesma distância.

Confira artigo completo em www.novacana.com

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