Gevo, único produtor comercial de isobutanol renovável, recentemente informou sua situação financeira, insuficiente para satisfazer as necessidades de caixa e financiar as operações planejadas até final de 2014.
Em 2013, a Gevo teve um prejuízo líquido consolidado de US$ 66,8 milhões. O caixa e equivalentes de caixa em dezembro de 2013 totalizaram US$ 24,6 milhões, que estão destinados a atividades operacionais e início de produção de isobutanol na planta de Luverne, trabalho de P&D, melhorias na instalação, otimização de tecnologia de produção de isobutanol, custos associados ao litígio em curso com Butamax e dívidas.
Com base em seu plano operacional, o capital de giro existente não é suficiente para atender as necessidades de caixa planejadas até dezembro de 2014. A companhia pretende financiar futuras operações por meio de ofertas privadas e/ou públicas adicionais de títulos de dívida ou de ações.
Além disso, a empresa pretende buscar capital adicional por meio de acordos com parceiros estratégicos ou de outras fontes. Porém, a empresa não tem garantia de que será capaz de levantar os fundos adicionais ou alcançar a rentabilidade ou fluxo de caixa positivo nas operações.
Em março, Gevo decidiu modificar suas operações permitindo a produção simultânea de isobutanol e etanol, para maximizar o fluxo de caixa. A produção de etanol pode começar em meados de maio. Nesta semana, Gevo anunciou que fechou um acordo com a Lufthansa para avaliar o combustível jet renovável da Gevo para utilização na aviação comercial. Os testes da Lufthansa são apoiados pela Comissão Europeia.
Outras empresas da indústria de renováveis também estão se reestruturando. Em janeiro, a Renewable Energy Group (REG) adquiriu a LS9, pioneira no desenvolvimento de tecnologias para produtos químicos e combustíveis renováveis, por cerca e US$61,5 milhões.
Em fevereiro, a Cereplast, fabricante de resinas compostáveis de origem renovável, entrou com pedido de falência, anunciando intenção de continuar operando enquanto trabalha para obter recursos para regularizar sua situação.
Já a Codexis anunciou que vai mudar sua estratégia de negócios, tirando o foco do etanol celulósico e concentrando-se exclusivamente na biocatálise, onde a empresa desenvolveu enzimas para as indústrias farmacêutica e química. A empresa também programou para 2014 ações de reestruturação para reduzir os custos de suas operações.
Fonte: MaxiQuim