A Tabela descreve os resultados da quantificação dos empregos atuais em EE calculados pelo método bottom-up, tanto em FTE quanto em número de pessoas, e, quando possível, divididos em nível superior ou técnico.
O Brasil pode gerar mais de 1 milhão de empregos, diretos e indiretos, na área de eficiência energética (EE) até 2030 segundo estudo desenvolvido pelo Ministério de Minas e Energia (MME) em parceria com o governo da Alemanha, a fim de apresentar o atual cenário do setor no país e o potencial de geração de vagas dedicadas a EE na próxima década. A projeção foi obtida considerando-se um cenário em que o país consiga atingir a meta estabelecida no Acordo de Paris, firmado em 2015. Em sua Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC), o governo assumiu compromissos como o aumento da participação de fontes renováveis em sua matriz energética e a promoção em 10% da eficiência energética no setor elétrico. Mas a análise do MME demonstra que o país precisa de novas inciativas do mercado, programas de capacitação e políticas efetivas, se quiser se desenvolver no setor de eficiência energética nos próximos anos.
A demanda por capacitação em EE pode ser estimada em 30 a 60 mil profissionais atualmente, correspondendo a cerca de 11 mil postos de trabalho (FTE) sendo que as maiores oportunidades de capacitação estão nas indústrias e edificações, sendo no mínimo 25% com nível superior completo.
No entanto, o impacto da EE na geração de empregos vai muito além dos empregos efetivamente em projetos de EE, incluindo 122 mil FTE em empresas de fabricação, transporte e venda de produtos eficientes, 237 mil FTE gerados por efeitos indiretos e 48 mil por efeitos induzidos. Dentre os empregos gerados, 31% são diretos e 69% são indiretos ou induzidos, ou seja, uma proporção de 1,26 empregos indiretos ou induzidos para cada emprego direto.
Se o Brasil tem atualmente 130 a 140 mil empregos diretos (FTE) no setor de EE, sendo 11 mil em atividades específicas de planejamento a execução de projetos de EE, precisaria ter, em 2030, para atingir a NDC brasileira, 390 a 450 mil empregos diretos (FTE), sendo 62 mil capacitados no planejamento até execução de atividades de EE. Isso significa que a demanda por profissionais qualificados em atividades de EE pode aumentar numa ordem de 5 a 6 vezes nos próximos 12 anos em relação ao nível atual. Considerando os empregos em toda a economia, a tendência é que para atingir a NDC, a demanda deve triplicar entre 2016 e 2030. Ou seja, políticas efetivas para promover a EE visando a NDC têm alto potencial de gerar empregos.
Você encontra o estudo completo no link:
http://www.mme.gov.br/