Intrexon Corporation, líder em biologia sintética, anunciou que sua Divisão de Produtos Industriais obteve a conversão de metano em farneseno, em escala de laboratório. Farneseno é uma matéria-prima para o combustível diesel e também para outros produtos como lubrificantes, cosméticos e plásticos. Este é o segundo produto desenvolvido pela Intrexon a partir de gás natural.
Para a conversão em escala industrial de gás natural em produtos químicos, Intrexon está desenvolvendo linhas de células microbianas geneticamente melhoradas para converter metano em compostos com maior teor de carbono em temperatura e pressão ambiente, reduzindo significativamente os gastos, em comparação com o processo padrão gás para líquido GTL.
Plataformas de conversão tradicionais contam com processos catalíticos termoquímicos caros ou dependem de tecnologias que utilizam açúcar como matéria-prima. Ao utilizar o gás natural, a tecnologia de conversão de propriedade da Intrexon utiliza uma das formas mais econômicas de obtenção de farneseno.
Segundo a empresa, methanotroph é o único organismo encontrado na natureza que naturalmente consome metano. Intrexon desenvolveu uma tecnologia que permite a manipulação de methanotroph, que são capazes de converter o gás natural em combustíveis e produtos químicos.
Com o desenvolvimento desta tecnologia, Intrexon formou uma joint venture chamada Intrexon Energy Partners (IEP), em março de 2014. IEP já levantou US$ 75 milhões de parceiros para ajudar a financiar a comercialização da tecnologia para combustíveis e lubrificantes.
Atualmente o farneseno é comercializado pela Amyris, que utiliza sua plataforma de tecnologia para converter açúcar em farneseno. No processo de fermentação do caldo da cana, um microrganismo secreta o hidrocarboneto chamado farneseno, que é equivalente ao combustível fóssil, mas sem o enxofre. O farneseno da Amyris foi patenteado e seu produto comercial ganhou o nome de Biofene.
Amyris comercializa seu produto para diversos segmentos, como cosméticos, aromas e fragrâncias, polímeros, lubrificantes e também como diesel renovável e combustível de aviação. Amyris tem parceria com a companhia aérea brasileira GOL para começar a utilizar o combustível renovável em uma rota comercial até o final deste mês.
Fonte: MaxiQuim