De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção da indústria no Brasil ficou estável no mês de junho ante maio. Em comparação ao mesmo mês do ano anterior, registrou-se alta de 0,5%.
O resultado sucede dois meses seguidos de aumento, tendo a produção crescido 1,3% em abril e 1,2% em maio desse ano. Além disso, no período de 12 meses encerrados em junho, foi registrada uma baixa de 1,9%, mantendo-se, entretanto, a tendência de redução do ritmo de queda iniciada no sexto mês de 2016, no patamar de -9,7%. Estimativas de instituições financeiras previam baixas de 0,3% em junho.
Bens de capital e bens intermediários foram as grandes categorias econômicas que registraram resultados positivos em junho – 0,3 % e 0,1 %, respectivamente -, marcando o terceiro mês em sequência de crescimento em sua produção. Por outro lado, os bens de consumo duráveis recuaram 6%, resultado que foi em contrapartida ao avanço de 9,5% acumulado nos meses de abril e maio.
Dos setores da indústria acompanhados pelo IBGE, 12 tiveram baixa na passagem de maio para junho. Destacaram-se o setor de veículos automotores, reboques e carrocerias, que registrou -3,9%, o de produtos farmoquímicos e farmacêuticos, com queda de -9,2%, e o de coque, produtos derivados do petróleo e bicombustíveis, totalizando -1,7%.
Em contrapartida, nove ramos da indústria tiveram alta na produção, tendo os produtos alimentícios registrado o desempenho mais importante, assinalando crescimento de 4,5%. Outros resultados positivos foram observados nas indústrias extrativas, 1,3%, de máquinas e equipamentos, 2%, e de bebidas, 1,7%.
Para o gerente de coordenação de Indústria do IBGE, André Macedo, o aumento da produção de alimentos foi fortemente influenciado pelo açúcar cristal. Segundo Macedo, parte da safra de cana-de-açúcar foi direcionada para o açúcar, em detrimento ao etanol, o que favoreceu a alta do setor.