A companhia gaúcha Bolognesi, que atua nas áreas de energia, construção e infraestrutura, fechou a compra de duas termelétricas localizadas no Nordeste que pertenciam ao grupo Bertin.
A empresa assumiu o controle das térmicas Borborema (PB) e Maracanaú (CE), em um negócio em cerca de R$ 700 milhões.
“Grande parte [do valor] em assunção de dívidas”, afirma Paulo Cesar Rutzen, executivo do Bolognesi. “Fizemos uma sinalização [de interesse] há 70 dias, agora concluímos a operação e tomamos posse das usinas.”
Procurado, o grupo Bertin confirmou a venda das duas unidades, mas não forneceu outros detalhes do negócio. Movidas a óleo pesado, as termelétricas têm capacidade de geração de 175 MW (megawatts) cada uma.
São usinas que foram construídas após leilões realizados pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica). “Com a compra, vamos operar os empreendimentos até o fim da concessão, que nos dois casos é de 15 anos.”
Cerca de 40 funcionários que já atuavam nos empreendimentos serão mantidos, ainda de acordo com Rutzen. O grupo Bolognesi tem hoje 15 empreendimentos em operação em oito Estados.
Juntas, as usinas -térmicas, eólicas, hidrelétricas e de biomassa- têm uma capacidade de 1.200 MW. A empresa planeja a construção de outras unidades operadas a gás. “São projetos que estão bem adiantados e que serão habilitados para os próximos leilões.”
A companhia estima um faturamento de quase R$ 2 bilhões neste ano. “Haverá crescimento sobretudo por causa da alta demanda de despacho das térmicas.” Em 2012, o Bolognesi já havia assumido o controle da Multiner Energia, após comprar 54% da empresa.
O restante pertence a um fundo de instituições de previdência privada, entre eles Petros (Petrobras), Funcef (Caixa) e Postalis (Correios).
Fonte: Biomassa BR