O “cambio amigável” acima de R$ 3 por dólar e importações sem crescimento deverão levar o Brasil a reverter este ano o resultado da balança comercial e não registrar déficit como no ano passado.
A expectativa é do secretário¬-executivo do Ministério da Industria, Comércio e Desenvolvimento (Mdic), Ivan Ramalho, que acompanha o vice-¬presidente Michel Temer em missões acompanhadas de empresários a Portugal e Espanha.
No ano passado, o Brasil sofreu déficit comercial de US$ 4 bilhões. Para este ano, o Mdic não faz projeções, ainda, mas Ramalho acha que em todo caso o país não repetirá o déficit.
Ele acha que em parte haverá recuperação das exportações, tanto para os EUA, como para América do Sul e também para a África. No ano passado, o maior déficit comercial do país foi com a Nigéria, de US$ 8 bilhões, por causa da compra de petróleo. O segundo foi com a Argélia, com cerca de US$ 2 bilhões. Ele acha que é possível equilibrar melhor esse fluxo comercial. Também confia em alta das exportações para países na região que estão crescendo como Colômbia, Peru, Chile e Bolívia.
Além disso, ele confia em melhor resultado da balança comercial em parte “pelo câmbio acima de R$ 3 por dólar e importações estáveis”. Ou seja, o país que já chegou a ser campeão na expansão das importações não deve registrar aumento de compras externas, num cenário recessivo e de dólar mais caro. Em Portugal e na Espanha, a delegação brasileira tenta estimular negócios. Em Portugal, foi anunciado um “observatório de comércio e desenvolvimento” para avaliar oportunidades, resolver problemas e evitar que a burocracia seja um empecilho ao aumento dos fluxos comerciais.
Autor: Assis Moreira
Fonte: Valor Econômico
Retirado de: Brazil Pharma Solutions