A gigante do agronegócio Wilmar International, de Cingapura, adquiriu as operações de trading de açúcar da rival Bunge por um valor não revelado, disseram as companhias nesta quarta-feira.
A venda é o mais recente dos esforços da Bunge para reduzir sua exposição a um problemático negócio de açúcar, o qual a companhia disse, ainda em 2013, estar buscando vender.
A empresa afirmou no início do ano que buscaria vender suas operações comerciais separadamente de seus ativos de produção no Brasil.
Os preços do açúcar despencaram à medida que a produção global tem superado a demanda, deixando o mundo inundado pelo excesso de oferta. Os futuros de referência de açúcar bruto e refinado caíram para os níveis mais fracos em uma década nesta semana.
A venda da Bunge inclui contratos de açúcar bruto e refinado, disse a Wilmar em um documento.
A empresa, que é grande usuária de açúcar bruto e produtora, vem expandindo sua presença por meio de compras de usinas, bem como de novos empreendimentos comerciais nos últimos anos.
A aquisição não deverá ter nenhum impacto significativo no atual exercício financeiro da empresa, de acordo com o documento.
Em março, a Wilmar informou que não mantinha conversas com a Bunge sobre o negócio de comércio de açúcar, mas também se recusou a comentar quando perguntada se havia considerado a aquisição da unidade.
A Bunge, uma grande empresa global na comercialização e produção de açúcar, busca sair do negócio desde 2013. A empresa norte-americana ainda possui usinas no Brasil, o maior exportador mundial do adoçante.
Chris Prentice, Chandini Monnappa e Roberto Samora