A escassez de etanol no Brasil deu novo ânimo à dinamarquesa Novozymes, que faz enzimas para a produção do etanol celulósico. A direção da multinacional acredita em novos avanços na área e espera para breve, anúncios de investimentos em usinas.
“Antes, era uma promessa, mas está se tornando uma realidade”, afirma Thomas Nagy, vice-presidente de relações com a comunidade da empresa de biotecnologia, sobre o uso das pesquisas de mais de dez anos para o aproveitamento de bagaço de cana-de-açúcar e outras biomassas na fabricação de biocombustível. O executivo está no Brasil para contatos com parceiros, clientes e com empregados da fábrica em Araucária (PR), onde vai inaugurar em novembro um laboratório de pesquisa e desenvolvimento do etanol de segunda geração, após investimentos de R$ 3,5 milhões.
Nagy também veio acompanhar o projeto de reforma da área de produção de enzimas para detergentes e para ração animal, que foi orçada em R$ 27 milhões. As obras serão iniciadas nos próximos meses e serão o maior investimento desde a inauguração da fábrica, em 1989.