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Conab estima 630,7 mi toneladas de cana em 1º levantamento para a safra 2020/21

Uma pesquisa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para a safra 2020/21 de cana-de-açúcar indica que o setor deve destinar mais cana para a produção de açúcar do que na safra passada. A expectativa é de que sejam produzidas 35,3 milhões de toneladas do adoçante, um crescimento de 18,5% em relação ao resultado da última safra, que teve encerramento em março.

A estimativa faz parte do 1º Levantamento da Safra 2020/21 de Cana-de-açúcar, divulgado nesta terça-feira (5), pela Conab. O boletim prevê uma colheita de 630,7 milhões de toneladas de cana, volume que aponta para uma diminuição de 1,9% em relação à safra 2019/20.

A região Sudeste, principal produtora do país, deve reduzir em torno de 2% o seu volume, alcançando 406,6 milhões de toneladas, com destaques para os estados de São Paulo e Minas Gerais.

Já no Centro-Oeste, apesar de aumento de produção em Goiás e da recuperação de produtividade em Mato Grosso do Sul, a região deverá colher 138,9 milhões de toneladas, com uma redução de 1,1%. A área colhida também sofre queda de 1,2%, alcançando 1,7 milhão de hectares.

O Sul, que tem a concorrência com o cultivo de grãos, deverá ter redução de 2,6% na área colhida de cana-de-açúcar, com uma produção estimada de 33,3 milhões de toneladas de cana.

O Nordeste, embora menos expressivo em termos de produção, cresce 2% na área, mas reduz a produtividade média em 3,5% e a produção em 1,6%, resultando num volume 1,1% menor frente à última safra totalizando 48,4 milhões de toneladas.

Por fim, o Norte, com um 1% da produção nacional de cana, apresenta um aumento de área cultivada de 2,2% e uma produção estimada de 3,5 milhões de toneladas.

Etanol de cana e de milho
A Conab passou a disponibilizar, desde a última safra, as estatísticas totais do etanol, com informações sobre o produto à base de cana-de-açúcar e de milho. O volume englobando os dois chega a quase 32 bilhões de litros, com redução de 10,3%.

Só para o etanol da cana-de-açúcar, a estimativa é de produzir 29,3 bilhões de litros, com queda de 13,9% sobre o recorde passado. Já o etanol de milho segue em expansão, devendo ter um aumento de 61,1% e estimativa de 2,7 bilhões de litros nesta temporada.

O etanol anidro da cana-de-açúcar, que é utilizado na mistura com a gasolina, deverá diminuir em 8,8%, alcançando 9,2 bilhões de litros, mas o de milho supera a temporada passada, com uma elevação de 76%, chegando a 713,4 milhões de litros.

No caso do etanol hidratado de cana-de-açúcar, a estimativa do total a ser produzido é de 20,1 bilhões de litros, com redução de 16%. Para o etanol hidratado de milho, por sua vez, a produção deve ser de quase 2 bilhões de litros, aumento de 56,4% em comparação a 2019/20.

Mudanças de metodologia
Seguindo as orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e do governo federal em relação ao combate à pandemia de covid-19, os levantamentos da Conab estão sendo realizados por meios eletrônicos, como contato telefônico e e-mail, em substituição às visitas a todas as unidades de produção, que ocorrem usualmente.

“Contudo, isso não compromete a qualidade das informações, devido à larga experiência da Conab na coleta de informações e à network de parceiros no setor sucroalcooleiro”, assegura a Conab.

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