Não há prazo para o fim do regime de exceção e isolamento das pessoas, o que tem gerado incertezas sobre as ações em curso no país, bem como suas consequências. Mas a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE mostram queda progressiva do consumo de energia dos brasileiros desde o início da quarentena adotada pelos principais Estados para conter o covid19. Como destaque, os segmentos industriais de veículos e têxtil, além do setor de serviços, apresentaram as maiores retrações nos volumes consumidos, após a paralisação de fábricas e a redução da demanda.
Entre os dias 18 e 31 de março, houve uma diminuição média de 8% no consumo do Sistema Interligado Nacional, se comparado ao volume ao período dos dias 1º a 17, antes da implementação das medidas de contenção. É possível observar que o consumo de energia diminuiu em todos os horários e todos os dias. A redução, porém, fica mais acentuada no horário comercial, entre as 10h e 17h. No dia 19/03, a diminuição foi de 0,6%; no dia 31/03, chegou a 12%.
No mercado livre, ambiente de contratação de energia em que prevalece a negociação aberta entre geradores, comercializadores e grandes consumidores, a redução do consumo no mesmo período foi de 9,4%; no mercado regulado, em que o fornecimento de energia elétrica se dá por meio das distribuidoras, a diminuição foi de 7,4%. A queda menor decorre da manutenção do consumo do segmento residencial, cuja tendência é de aumento, por causa do isolamento social.
“Ainda precisamos esperar para ver qual será a extensão dos impactos causados pela covid19 na economia e no setor elétrico. A CCEE continuará acompanhando de perto a evolução do cenário e ajudando a viabilizar o mercado de uma forma equilibrada e segura para todos os agentes e consumidores”, disse o presidente do Conselho de Administração da CCEE, Rui Altieri.