O instituto de pesquisa Fraunhofer ISE estimou o potencial técnico da energia fotovoltaica flutuante em locais de mineração na Alemanha em cerca de 56 GW. Com projetos flutuantes 10 a 15% mais caros do que as alternativas terrestres, os pesquisadores pediram incentivos adicionais, como a realização de ‘concursos de inovação’. Uma empresa calculou que os tanques de linhita a céu aberto na Alemanha poderiam hospedar 56 GW de capacidade flutuante para geração fotovoltaica. E as minas de linhita a céu aberto são pouco menos de 13% dos 4.474 corpos artificiais de água na Alemanha.
Os pesquisadores encontraram quase 500 lagos a céu aberto, com uma área total de mais de 47.000 hectares na Alemanha, a maioria a leste de Brandemburgo, Saxônia-Anhalt e Saxônia. Cerca de 4,9% dessas superfícies de água seriam adequadas para projetos fotovoltaicos flutuantes, segundo o instituto de pesquisa, com o maior potencial encontrado na região de mineração de linhita de Lausitz.
Para desenvolver a tecnologia fotovoltaica flutuante e reduzir os custos de investimento, a Fraunhofer ISE disse que seriam necessários incentivos adicionais para a tecnologia, semelhantes aos concedidos pelo governo holandês.
Atualmente, todos os projetos fotovoltaicos alemães com uma capacidade de geração de mais de 750 kW competem em concursos públicos.
A Alemanha deve perseguir um aumento de nove vezes sua capacidade instalada de geração fotovoltaica para cerca de 500 GW, para seguir na transição para um sistema energético carbono zero.
“As usinas fotovoltaicas flutuantes são um conceito relativamente novo em energia fotovoltaica, mas para o qual existe um grande potencial em todo o mundo, principalmente porque elas permitem uma expansão neutra (em terra). O coeficiente de utilização de área para energia fotovoltaica flutuante é alto, com cerca de 1,33 MW de capacidade de geração por hectare instalado. E o efeito de resfriamento da água garante que o rendimento dos sistemas fotovoltaicos flutuantes possa ser maior do que em instalações montadas no solo,” disse Andreas Bett, diretor do ISE da Fraunhofer.