A trading de commodities agrícolas Olam International, com sede em Cingapura, vai fechar sua mesa de comercialização de açúcar, disse a porta-voz Nikki Barber na terça-feira, em mais um sinal de pressão sobre esse segmento.
A decisão vem após os contratos futuros de açúcar bruto e branco na ICE terminarem 2018 em seus níveis mais baixos desde 2008, em meio a um superávit global que levou as cotações a um segundo declínio anual consecutivo.
Na terça-feira, o açúcar branco para março terminou a 345,40 dólares por tonelada, ante 390,90 dólares um ano atrás.
“Não é realmente uma declaração chocante, apenas porque sabemos que as margens são terríveis em açúcar”, disse um operador dos Estados Unidos.
A Olam, que possui duas usinas de açúcar na Índia e esmaga mais de 1 milhão de toneladas de cana, é a mais recente trading desse setor a reduzir ou vender negócios.
No final de novembro, a Biosev, braço sucroenergético da Louis Dreyfus, contratou um banco de investimentos para buscar potenciais compradores para algumas ou todas as suas unidades no Brasil.
A Biosev chamou uma unidade do banco holandês Rabobank para explorar as oportunidades de suas nove unidades de produção na região centro-sul do Brasil, a principal área produtora de açúcar do país, disse uma fonte à Reuters na época.
Semanas antes, a empresa vendeu as duas usinas que possuía no Nordeste brasileiro, uma região produtora de açúcar menos importante, por um total combinado de 273,6 milhões de reais.
A gigante Wilmar International, também de Cingapura, adquiriu o negócio de açúcar da rival Bunge em agosto por uma quantia não revelada.
O fechamento da mesa de açúcar da Olam foi noticiado inicialmente pela Bloomberg.
Renita D. Young e Ayenat Mersie