A Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), representada pelo Sistema Nacional das Indústrias de Equipamentos para Saneamento Básico e Ambiental (Sindesam) e a Abiquim, por meio da Comissão Setorial de Saneamento e Tratamento de Água com apoio do GT Gestão Hídrica da Comissão de Meio Ambiente, realizaram no dia 5 de março, o evento “Soluções e Máquinas para Tratamentos de Águas para a Indústria Química”, na sede da Abimaq, em São Paulo.
O evento recebeu um público de cerca de 100 pessoas e teve apresentações de profissionais de empresas fornecedoras de produtos para o reúso e tratamento de água e efluentes, que explicaram as tecnologias disponíveis para o tratamento de água e gestão dos recursos hídricos como membranas para filtragem, sistemas de monitoramento e controle, retrofiting da desidratação de lodo, sistemas de bombeamento, entre outros.
A programação também contou com um debate sobre a legislação de recursos hídricos, as práticas e necessidades das empresas no tratamento da água, que contou com a participação do responsável de Meio Ambiente Corporativo da Braskem, Mauro Machado; da presidente do Sistema Nacional das Indústrias de Equipamentos para Saneamento Básico e Ambiental (Sindesam), Estela Testa; do coordenador da Comissão Setorial de Saneamento e Tratamento de Água da Abiquim, José Eduardo Gobbi; do diretor geral da Xylem, Mario Ramacciotti; e foi moderado pelo gerente do gerente do departamento de Meio Ambiente do Centro de Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP), Jorge Luiz Rocco.
Segundo o coordenador da Comissão Setorial de Saneamento e Tratamento de Água da Abiquim, José Eduardo Gobbi, é necessário criar uma sinergia entre as diferentes entidades para que elas possam atuar de forma conjunta na resolução dos problemas que afetam o setor na questão ambiental. A presidente do Sindesam, Estela Testa, explicou que já se busca trabalhar alinhando as necessidades do maior número possível de entidades representantes dos setores, mas muitas vezes é difícil alinhar todos os pleitos.
Esse posicionamento também é compartilhado pelo responsável de Meio Ambiente Corporativo da Braskem, Mauro Machado, para ele a sinergia em torno da preocupação com a disponibilidade da água deve fazer parte da preocupação das empresas. “Se o meu fornecedor ou o meu cliente não tiverem acesso à água isso afeta nossa empresa”. Machado também explica que a água deve ser avaliada como um item necessário para a confiabilidade operacional das empresas que usam esse recurso de forma intensiva.
Também foram abordadas algumas necessidades das indústrias que precisam de um fornecedor capaz de atender todo o ciclo de vida de um produto, ou seja, que seja capaz de resolver o problema da escassez de recursos hídricos na produção até o tratamento do lodo gerado nos processos industriais. Segundo o diretor geral da Xylem, Mario Ramacciotti, já existem tecnologias que permitam o reúso da água a um custo razoável e as empresas devem saber conjugar o que os clientes precisam e ao mesmo tempo atender as determinações da lei.