A controversa elevação nas tarifas de combustíveis no Brasil também incluiu o etanol, que na última semana subiu de preço juntamente com a gasolina. Os produtores do álcool, porém, contestaram o reajuste do PIS/Cofins, alegando que a nova tarifa era maior do que o limite o legal permitido, e tiveram seu pedido de revogação do aumento atendido.
Porém, mesmo com a retomada do imposto à alíquota anterior, os preços do etanol não voltaram ao mesmo valor de antes. Com a gasolina ultrapassando os quatro reais, o álcool consegue ser competitivo sem precisar de reduções, pois atualmente segue em torno de 68% do preço da gasolina em São Paulo (abaixo do limite de 70%, acima do qual a gasolina possui melhor custo-benefício), o que pode indicar que o recuo nos impostos se converta em maior margem para os produtores em vez de reduções nos postos, como de fato tem ocorrido.
De acordo com alguns produtores, a produção de etanol está no seu auge e grandes quantidade estão no momento armazenadas a espera de uma definição quanto aos preços e tarifas, e a capacidade de armazenamento garante a possibilidade de vender o combustível lentamente. Analistas do setor acreditam que o etanol deve se manter com preço ao consumidor elevado por algum tempo, mas deve se reduzir no longo prazo.