O estado norte-americano de Oklahoma está de olho na indústria offshore de petróleo mexicana. Com a recente abertura desse setor ao mercado internacional, poucos estados sem acesso ao mar têm chances de participar no desenvolvimento desse setor. Oklahoma é, dentre eles, o favorito. Com uma indústria petrolífera bastante consolidada e diversas empresas com vasta experiência em tecnologia onshore – que pode ser extendida ao modelo offshore -, o estado apresenta ainda um porto fluvial no rio Arkansas, permitindo o escoamento de bens manufaturados diretamente ao Golfo do México.
Diretor de Comércio Internacional no Departamento de Comércio do estado de Oklahoma, Luis Domenech tem trabalhado pelo estreitamento das relações entre os industriais do setor de gás e energia do estado e as empresas do setor offshore mexicano. Embora as exportações de equipamentos da indústria petrolífera e de gás não figurem sequer entre os cinco bens mais exportados pelo estado e as exportações para o México estarem de maneira geral diminuindo, o Diretor afirma que as empresas do estado devem ser pacientes. Segundo ele, dentro de um ou dois anos, a demanda por novos equipamentos destinados à exploração offshore mexicana aumentará significativamente.
Domenech afirma que encontrar um caminho para exportar para o México é um desafio. É preciso conhecer os distribuidores certos e ter a disposição necessária para aguardar por um contrato. Além disso, ele indica que as empresas do estado devem estar preparadas à possibilidade de não terem uma margem de lucro tão grande quanto a que teriam no Canada, por exemplo. Isto se daria devido ao fato de existir uma barreira linguística entre os dois países, que poderia prejudicar as relações entre executivos de ambos os países, tendo em vista que executivos mexicanos preferem negociar pessoalmente.
Além disso, outro fator contribuiria de maneira negativa à inserção do estado no setor offshore do México: a possível taxação de produtos mexicanos pelo governo norte-americano. Como forma de retaliação, o país poderia vir a aumentar os tributos sobre a importação de equipamentos da indústria petrolífera, que são atualmente comprados majoritariamente dos Estados Unidos. Empresas do setor que operam no México já estão buscando diversificar seus fornecedores, principalmente aqueles presentes no restante do continente americano.
Fonte: Maxiquim