A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) publicou no dia 28 de abril a norma técnica ABNT NBR 15007 – Produtos à base de orto e polifosfatos para aplicação em saneamento básico – Especificação técnica, amostragem e métodos de ensaio, desenvolvida pela Comissão de Estudo de Produtos Químicos para Saneamento Básico, Água e Esgoto (CE 010:105-007), que pertence ao Comitê Brasileiro de Química – ABNT/CB-010 – cuja superintendência está no âmbito da Abiquim.
A norma estabelece a especificação técnica, amostragem e metodologia de ensaios dos produtos à base de orto e polifosfatos para utilização no tratamento de água para consumo humano, além de requisitos toxicológicos e de desempenho na desincrustação de tubulações e inibição da corrosão, entre outros critérios para avaliação do uso do produto.
A primeira versão da norma foi publicada pela ABNT em 2003. Segundo a coordenadora da CE 010.105-007, a bióloga Maria Cristina Coimbra Marodin, “quando os produtos à base de ortopolifosfatos chegaram ao mercado brasileiro, era premente a elaboração de uma norma técnica que tratasse do assunto. Como não havia na época um comitê específico para normatizar produtos químicos utilizados no tratamento de água e esgoto, essa norma foi desenvolvida no âmbito do ABNT/CB-002 Comitê Brasileiro da Construção Civil. Na ocasião a Comissão de Estudos ligada ao CB-002 era coordenado por mim e já contava com a participação de vários integrantes da atual Comissão de Estudo de Produtos Químicos para Saneamento. Por ter sido elaborada como uma norma de desempenho e não de especificação como a grande maioria das normas existentes, desde sua concepção ela se tornou pioneira. Como os produtos eram considerados novos no mercado, essa foi a forma encontrada pela comissão para melhor tratar o assunto”, lembra a coordenadora.
Cristina explica que com a criação da Comissão de Estudo de Produtos Químicos para Saneamento Básico, Água e Esgoto no CB-010, foi iniciado um trabalho para que todas as normas revisadas ou elaboradas seguissem o mesmo modelo, respeitando-se suas particularidades. “A revisão da NBR 15007 foi bastante trabalhosa e demorou alguns anos para ser finalizada, pelas suas características especiais. Hoje se constitui numa norma “híbrida”, por ser tanto de especificação como de desempenho. Ou seja, além definir as especificações gerais do produto e os requisitos de toxicidade, ela também apresenta critérios para avaliação de seu desempenho tais como: capacidade de desincrustação, inibição da corrosão, redução das perdas físicas, qualidade estética da água, entre outros, de forma a verificar, em bancada e/ou escala real, se o produto realmente atende às necessidades para o qual é empregado” explica. “Com o texto atual da norma é possível saber não apenas como o produto deve ser, mas também como ele deve atuar. A norma orientará o usuário, que poderá escolher qual produto é mais adequado aos seus objetivos, sejam eles melhorar a qualidade a qualidade estética da água, diminuir a velocidade de corrosão ou limpar a tubulação”, finaliza Maria Cristina.
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Fonte: Abiquim Informa