Integrando uma comitiva formada por 15 entidades empresariais do Brasil, a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), representada pelo seu diretor Executivo, Eduardo Leão de Sousa, participou, entre os dias 21 e 22 de março, em Buenos Aires, de um seminário promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), com diversas lideranças do agro argentino e brasileiro, como parte de mais uma rodada de negociações para o Acordo União Europeia-Mercosul.
“Nestas reuniões, procuramos enfatizar a importância da conclusão do Acordo para o nosso setor e a nossa confiança de que o açúcar e o etanol farão parte das próximas listas da UE. A expectativa é a de que as negociações sejam concluídas até o final do ano e, com isso, esperamos ter mais acesso ao mercado europeu, hoje fortemente dificultado por barreiras tarifárias extremamente elevadas, além de quotas de exportação no caso do açúcar”, avalia o executivo, que também participou de encontros com negociadores-chefes dos quatro países integrantes do Mercosul e da UE.
A presença da entidade na capital argentina foi possível graças à parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) para promover o comércio internacional dos derivados de cana.
Na Bolsa de Cereais de Buenos Aires, o diretor da UNICA esteve presente no seminário “Desenvolvimento Sustentável e Produção Agrícola” ao lado de representantes da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Sociedade Rural Argentina (SRA), do Centro de Economia Internacional (CEI) e do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA).
Entre os principais temas discutidos, destacou-se o painel “As Negociações UE-Mercosul e a Questão do Desenvolvimento Sustentável”, que reuniu negociadores-chefes do Brasil, Argentina e UE, Ronaldo Costa, Daniel Raimondi e Sandra Gallina, respectivamente. No dia seguinte, na sede da União Industrial Argentina (UIA), os mesmos participantes estiveram reunidos com o diretor da UNICA e executivos da Sociedade Rural Brasileira (SRB), Indústria Brasileira de Árvores (Ibá) e da Associação Brasileira das Indústrias do Milho (Abimilho).
De acordo com Eduardo Leão, existe um ambiente mais favorável para as negociações do Acordo com a UE e parece haver uma abertura maior para as discussões referentes aos produtos do agronegócio, ao menos neste momento.
Fonte: Maxiquim