Em assembleia geral realizada nesta segunda-feira (27), os acionistas da Petrobras deram seu aval para a venda do Complexo Químico e Têxtil de Suape, em Pernambuco. O comprador é a mexicana Alpek. Por 1,2 bilhões de reais, a Alpek adquire 100% do complexo que engloba a Petroquímica Suape e a Companhia Integrada Têxtil de Pernambuco, a Citepe. A negociação faz parte do plano de desinvestimentos da estatal, que fechou o último ano com prejuízo líquido de 14,8 bilhões. A venda do Complexo teve boa repercussão no mercado, gerando uma valorização de 2% nas ações da Petrobras no mesmo dia.
A votação ocorreu pouco depois da suspensão da negociação do complexo ter sido revertida. Programada para ocorrer em janeiro, a assembleia que decidiu pela venda teve de ser adiada devido a uma decisão da Justiça Federal de Sergipe, que alegou que o valor da transação é muito inferior ao valor do investimento na sua construção (cerca de 9 bilhões). Apesar desta decisão judicial ter sido revertida, grupos contrários à venda devem procurar criar obstáculos e fazer pressão política no governo estadual e no Conselho Administrativo de Defesa Econômica. O complexo é o único produtor de ácido tereftálico (PTA) na América do Sul, que estaria agora sob controle de uma empresa mexicana, sendo que o México costuma exportar o PTA para o Brasil.
A Petrobas afirma que, frente ao prejuízo de 2,5 bilhões de reais só no último ano, a empresa teria de fechar o empreendimento caso não conseguisse efetuar a venda.
Fonte: Maxiquim