O mercado de fertilizantes no Brasil deve continuar em franco crescimento em 2017, com a possibilidade de quebrar o recorde histórico, de acordo com previsões de empresas do setor. O aumento esperado é de 3%, representando 35 milhões de toneladas comercializadas durante o ano, e deve ser puxado principalmente pela produção de milho. O cereal foi afetado pela seca de 2016 e apresenta está apresentando sinais de recuperação.
No ano passado o setor já havia apresentado uma forte elevação de quase 13%, principalmente porque 2015 foi um período atípico em que ocorreu queda nas movimentações. Este crescimento previsto para 2017 deve-se ao aumento esperado de 17,4% na produção e ao 1,2 milhão de novos hectares semeados. A recuperação do setor tem sido percebida desde o final do ano passado, cujo último trimestre apresentou aumento expressivo de 27% e foi o responsável por encerrar o período em alta. Os resultados não são melhores pelo fraco desempenho do café, que começou a decair aproximadamente no mesmo período em que o milho voltou a crescer.
Destaca-se a mudança no perfil de consumos destes fertilizantes. O agricultor tem cada vez mais optado por produtos de maior valor agregado e características diferenciadas, em detrimento dos convencionais. Nos últimos três meses de 2016, ocorreu um aumento de 16% na procura por nutrientes especiais, enquanto que os fertilizantes comuns viram queda de 21%.