As vendas de etanol dos Estados Unidos para a China devem cair drasticamente em 2017, de acordo com fontes da indústria americana. Uma tarifa de importação na margem de 30% deve criar um grande empecilho para a competição, prejudicando as exportações que recentemente atingiram um nível recorde (mais de 678 milhões de litros em 2016). O objetivo chinês com esta medida protecionista é auxiliar a indústria de milho local.
As previsões variam, com um cenário pessimista prevendo um colapso nas exportações, a outras mais otimista que prevê uma queda mais suave se os produtores americanos conseguirem manter seus custos baixos. Afinal, apesar de ser um dos principais importadores do etanol estadunidense, a demanda chinesa corresponde a apenas 1,2% da produção de 56,5 bilhões de litros do país. Mesmo assim, com a produção elevando-se (apenas entre 2015 e 2016 a produção cresceu em mais de 2 bilhões de litros) e com a redução do mercado chinês, pode existir um excesso de oferta em 2017.
Mesmo em dezembro, ainda com a tarifa reduzida, as exportações já iniciaram seu descenso, caindo 31% em relação a dezembro do ano anterior. Além do etanol, outros produtos das destilarias americanas sofreram fortes quedas, que devem se intensificar ao longo do ano.
A tarifa era de apenas 5% em 2016, e a elevação para 30% causou uma interrupção e até mesmo alguns cancelamentos do envio do combustível para a China. Uma das soluções que deve ser implementada pelos Estados Unidos é a reativação de plantas para o consumo doméstico deste etanol.
Fonte: MaxiQuim