A Companhia Petroquímica do Nordeste (Copenor) anunciou ontem que não vai mais produzir metanol no polo petroquímico de Camaçari (BA). A empresa é a única produtora da commoditie utilizada como solvente em diversos processos industriais, e agora toda a demanda de cerca de 1 milhão de toneladas por ano do produto será obtida apenas por importação. No ano passado as importações somaram 288 milhões de dólares e a Copenor produziu apenas 73,5 mil toneladas.
Atualmente a Copenor, controlada pela Metanol do Nordeste (Metanor), manterá sua produção de formaldeído e hexamina. Com receita liquida de R$ 210 milhões em 2015, um valor 14% maior que em 2014, o lucro líquido caiu 9% (29,3 milhões de reais) pressionado pelo aumento de 25% dos gastos com matérias primas como o metanol, cerca de R$ 154,5 milhões.
A Copenor justifica o fim da produção baseada na ausência de políticas que favoreçam um preço de gás viável que suporte a atividade com uma rentabilidade mínima. Já presidência da Associação brasileira da indústria química (Abiquim) vê a paralização como algo negativo mas esperado dada a atual conjuntura dos preços das matérias primas que vêm inviabilizando cada vez mais processos químicos desse tipo.
O preço de gás natural nos EUA custa U$S 1,07 por milhão de BTU, no Brasil, as petroquímicas desembolsam U$S 8,30 pela mesma quantidade (incluindo a margem de U$S 2,50 por milhão de BTU das distribuidoras).
Fonte: MaxiQuim