A GranBio pretende paralisar as atividades da sua usina de etanol celulósico em Alagoas, denominada Bioflex, até o mês de outubro de 2016.
GranBio, holding da família Gradin, inaugurou em 2014 a sua planta de etanol celulósico que possui capacidade de produção de 82 milhões de litros de etanol 2G por ano, em São Miguel dos Campos, Alagoas. A GranBio investiu US$265 milhões na construção da planta e no sistema de cogeração de vapor e energia elétrica.
Em 2015 a planta produziu apenas 4 milhões de litros de etanol 2G, pois a empresa enfrentou dificuldades com a tecnologia na etapa de pré-tratamento da matéria-prima, uma das etapas principais do processo de produção do etanol celulósico e que fez com que a empresa não conseguisse manter a sua planta operando continuamente nesta etapa.
O nível de impurezas do campo que entram no processo junto com a matéria-prima e o excesso de areia que entra na fábrica e danifica as estruturas metálicas, como válvulas, bombas e tubulações foram os fatores que afetaram a etapa de pré-tratamento, onde a estrutura da biomassa é preparada para a etapa seguinte, etapa onde as enzimas atuam na biomassa para que o açúcar possa ser fermentado e convertido em etanol.
A suspensão das atividades tem o objetivo de permitir a avaliação de outras tecnologias que podem ser empregadas na etapa pré-tratamento. A empresa acredita que vai superar essa situação o mais rapidamente possível. A expectativa é que até outubro a Bioflex opere com 50% de sua capacidade, atingido os 100% em 2017.
Além das dificuldades tecnológicas do processo de produção em 2015, a empresa enfrentou também três incêndios no estoque de palhas de cana, matéria-prima do etanol celulósico, entre novembro de 2015 e janeiro de 2016, que fizeram com que a empresa fosse multada pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente em mais R$570 mil, pois os incêndios atingiram uma área de vegetação nativa próxima do local.
Fonte: MaxiQuim