A farmacêutica israelense Teva ofereceu US$ 40,1 bilhões em dinheiro e ações pela Mylan em acordo que deve criar uma gigante de desenvolvimento de medicamentos genéricos.
Se a Teva conseguir comprar a Mylan sob a oferta anunciada nesta terça-feira, a companhia pode garantir uma posição dominante uma vez que toma a Mylan de uma lista crescente de concorrentes.
A Teva também ganha competitividade contra rivais como Sun Pharma, que se consolidou em uma posição melhor quando assumiu uma participação controladora na rival Ranbaxy em 2014.
Na sexta-feira passada, a Mylan tinha dito que as autoridades regulatórias antitruste não aprovariam um acordo com a Teva porque seus negócios coincidem em vários campos. Mas disse que avaliaria uma oferta se a recebesse.
A Teva permanece determinada. O presidente da companha israelense, Erez Vigodman, disse estar confiante que qualquer exigência regulatória necessária para completar o acordo “será atendida de maneira apropriada”.
A Teva ofereceu US$ 82 por ação, um prêmio de 21% sobre o preço de fechamento da Mylan na segunda-feira.
No começo do mês, a Mylan propôs a compra da fabricante de ingredientes e medicamentos genéricos Perrigo por US$ 29 bilhões. A Perrigo, com sede na Irlanda, disse que vai rever a oferta da Mylan.
A oferta da Teva é contingente com a Mylan não completar o acordo proposto com a Perrigo.
Mais da metade da receita da Teva vem de drogas genéricas. A Mylan, por sua vez, tem mais de 1,4 mil medicamentos e 25 mil funcionários.
O conselho da Teva aprovou por unanimidade a proposta envolvendo a Mylan, que não requer voto dos acionistas da empresa israelense.
Fonte: Associated Press / Valor