A produção nacional de cloro e soda registrou queda importante no primeiro mês de 2015, na comparação anual, diante do “quadro de incertezas e da economia mais fraca, além do aumento de juros”, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Álcalis, Cloro e Derivados (Abiclor). Em janeiro, o volume produzido de cloro recuou 4,3%, para 109,7 mil toneladas, enquanto a produção de soda ficou em 121,2 mil toneladas, com retração de 5,4%.
Em nota, o presidente da Abiclor, Aníbal do Vale, classificou o desempenho como “preocupante”. “Esse resultado mais fraco segue o cenário econômico adverso, o que deve se complicar ainda mais dependendo do caminho adotado para o custo de energia elétrica, que poderá nos colocar em patamar de total não competitividade em relação a outros mercados mundiais”, afirma.
Segundo levantamento mensal da entidade, o consumo setorial de cloro (que considera vendas totais mais uso cativo dos próprios produtores para obtenção de dicloroetano e óxido de propeno, entre outros) caiu 5,3% no mês passado, na esteira da alta de 8% das vendas totais (15,1 mil toneladas) e da retração de 7,1% no uso cativo, para 94,3 mil toneladas. A entidade aponta que a elevação das vendas totais deveu-se sobretudo à base de comparação fraca em janeiro de 2014.
Já as vendas totais de soda cáustica recuaram 9,5%, para 102,9 mil toneladas, com queda de 9,3% nas vendas internas, para 100,9 mil toneladas e de 16,5% nas exportações, para 2 mil toneladas. As importações, por outro lado, subiram 6,5% e totalizaram 92,1 mil toneladas no mês passado.
De acordo com a Abiclor, a taxa de utilização da capacidade instalada recuou para 85% em janeiro, queda de 4,9 pontos percentuais frente ao verificado um ano antes, “devido principalmente a algumas paradas programadas para manutenção realizadas no primeiro mês do ano”.
Em janeiro, o consumo aparente de cloro totalizou 110,2 mil toneladas, queda de 4,4%, e o de soda cáustica caiu 0,4%, para 211,3 mil toneladas.
Fonte: Valor Econômico