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GranBio inova e desenvolve suas leveduras transgênicas

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“A Bioflex entrou em ‘comissionamento’ no começo de julho, pois ampliamos a cogeração”, explicou Bernardo Gradin

Por Fabiana Batista | De São Paulo

Com a ambição de ser pioneira na produção de etanol e químicos de segunda geração a partir da biomassa da cana-de-açúcar, a Granbio, empresa controlada pela Gran Investimentos, holding da família Gradin, entrou no mês passado com pedido de registro de patente de sua primeira levedura transgênica. O produto foi desenvolvido para uso no processo de extração de açúcares da celulose da cana (bagaço e palha). A expectativa da empresa é de, em até três anos, começar a usar a levedura na sua primeira usina de etanol celulósico, localizada em Alagoas.

Nos testes de laboratório, explica o presidente da GranBio, Bernardo Gradin, essas leveduras se mostraram capazes de extrair de forma eficiente açúcares tanto do carbono de cinco moléculas, chamado de C5, quanto do de seis moléculas, o C6. Esses dois carbonos estão presentes na biomassa da cana e, ao serem “quebrados”, liberam açúcares que são usados para produzir etanol ou bioquímicos.

Mas ele observa que a descoberta só poderá ser testada em escala industrial após a aprovação pelos órgãos ambientais e pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) no Brasil. Por conta desse trâmite, ele prevê que os primeiros testes industriais com a levedura devem começar apenas no segundo trimestre do ano que vem. Gradin calcula que o uso da levedura própria em escala comercial na primeira fábrica significará uma economia para a empresa da ordem de R$ 500 mil por ano.

Ele explica que o processo de aprovação de organismos transgênicos no Brasil está avançando, mas ainda é lento, demora em torno de 18 meses. “Nosso atual fornecedor de leveduras poderia nos oferecer uma espécie duas gerações à frente da que vamos usar inicialmente. Mas esse produto está esperando a aprovação para uso comercial”, detalha.

As pesquisas da GranBio para desenvolver uma levedura própria começaram em julho de 2012, conta Gradin. Nessa área, já havia uma pesquisa básica feita pela Unicamp, com a qual a empresa fez um convênio. Em seguida, a companhia montou o Centro de Pesquisas em Biologia Sintética em Campinas (SP) onde, em um ano e meio, a levedura foi desenvolvida.

Nessa mesma época, lembra Gradin, a companhia montou um departamento de pesquisa com 58 profissionais, dos quais 27 pessoas PhDs (doutores) – incluindo o quadro da American Process Inc., empresa americana de tecnologia na qual a GranBio detém 25%.

A companhia brasileira também vai começar agora em agosto o plantio em maior escala da cana “energia”, com um teor de biomassa (bagaço e palha) quatro vezes superior às variedades convencionais. Até então limitada a 60 hectares cultivados na estação experimental da GranBio, em Barra de São Miguel (AL), a área cultivada este ano com a nova variedade deve ser de, no mínimo, 1 mil, e no máximo, de 2 mil hectares.

Nas áreas experimentais, diz Gradin, a cana “energia” alcançou uma produtividade de 150 toneladas de por hectare, ante as 70 toneladas da produtividade média dos canaviais convencionais de Alagoas. “Temos áreas em que a produtividade chega a 500 toneladas por hectare”, afirma.

A inauguração da primeira fábrica de etanol celulósico, batizada de Bioflex, ainda não tem data marcada. O plano inicial era, no fim de março, ligar as máquinas da unidade e começar a testar os equipamentos – fase chamada de “comissionamento” e que antecede o começo da operação em si.

A alteração do projeto inicial, que resultou no aumento da produção de eletricidade, foi a principal responsável pelo retardamento, aliada à ocorrência de chuvas nos últimos meses. Assim, explica o empresário, o comissionamento começou somente no início de julho.

A Bioflex, instalada no município de São Miguel dos Santos, vai usar como matéria-prima o bagaço e a palha da cana que será fornecida por usinas de cana-de-açúcar vizinhas, que produzem açúcar e etanol da forma tradicional (a chamada primeira geração). Essa primeira unidade, com capacidade para produzir 82 milhões de litros de etanol por ano, tem como principal parceira a Usina Caeté, do grupo Carlos Lyra.

O projeto original previa a implantação de uma caldeira na Bioflex suficiente para abastecer apenas a fábrica de etanol celulósico, gerando um excedente marginal de energia elétrica. Na revisão do projeto, a GranBio criou, por meio de uma Sociedade de Propósito Específico com o grupo Carlos Lyra, a Companhia Energética de São Miguel (CESM), com capacidade duas vezes maior de geração de vapor.

Com isso, além de abastecer as duas usinas, a planta de cogeração vai exportar 135 mil Megawatts-hora ao ano, o suficiente, segundo a GranBio, para abastecer uma cidade de 300 mil habitantes.

Sem mencionar valores, o empresário diz que, para realizar esse aumento da cogeração, foram feitos investimentos adicionais. O projeto original dessa usina estava orçado em US$ 200 milhões. O projeto todo da GranBio é investir R$ 4 bilhões para construção de quatro usinas de etanol de segunda geração (celulósico), duas unidades bioquímicas e duas biorrefinarias flexíveis.

Fonte: Valor Econômico

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